sexta-feira, 28 de junho de 2013

Obesidade

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Mundialmente, dificuldades para adquirir uma alimentação básica do dia a dia para sobrevivência é um fator crítico entre muitas pessoas de baixa renda, por outro lado exitem pessoas que buscam fazer dietas extremas em busca da perda de peso, das quais muitas vezes, foram adquiridas pelo excesso da ingestão de calorias, através de guloseimas e do sedentarismo. 

A obesidade pode ser decorrente de vários fatores, como a genética, estresse, psicossociais, culturais, ansiedade, fatores ambientais, socioeconômico, etc. É uma doença de origem multifatorial, por exemplo, quando relacionado a fatores genéticos, que é um fator determinante para o desenvolvimento de obesidade, estudos apontam que a probabilidade de crianças nascerem obesas é de 50% quando o pai ou a mãe tem obesidade e de 80% de chance de nascer obesa, quando ambos são obesos, isso não quer dizer que não possa ser adquirido hábitos alimentares saudáveis no convívio entre a família e essa probabilidade possa ser eliminada. 

Muitas vezes, o termo sobrepeso e obesidade são usados como sinônimos, porém o primeiro é o aumento de peso e o segundo é o aumento da adiposidade corpórea, achou confuso? Vamos entender melhor. A obesidade é uma doença crônica caracterizada pelo acúmulo excessivo de gordura, de maneira que essa possa comprometer a saúde do indivíduo, além do excesso de gordura corpórea localizada em determinadas regiões, como, por exemplo, no abdome, esta  pode ser um fator de risco para desenvolver uma série de comorbidades.
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Um dos métodos utilizados para diagnóstico e avaliação dos riscos da obesidade são os métodos clínicos, estes são classificados como a antropometria, que é um método que avalia as "medidas das variações das medições físicas e da composição bruta do corpo humano em diferentes níveis e idade e graus de nutrição". A antropometria apesar de ser um método indireto ele avalia a obesidade, distingue dos diferentes níveis de gordura corpórea e estima o risco de enfermidades. Dentre elas encontra-se  a aferição do peso, altura, peso ideal, relação peso estatura-Índice de massa corpórea (IMC),  este classifica o estado nutricional e seus riscos de comorbidades,  relação cintura-quadril, circunferência da cintura, este é um indicador de abdominal e reflete fatores de risco para doenças cardiovasculares e outras enfermidades crônicas. Existem também a avaliação de gordura corpórea através das pregas cutâneas, que avalia os depósitos de gordura subcutânea em locais de melhor adiposidade como: tricipital, bicipital, subescapular, supra-ilíaca e parte superior da coxa.

Existe a classificação de obesidade de acordo com as formas clínicas de distribuição de gordura corpórea, esta divide-se em três grupos de obesidade:
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Andróide: Também chamada de troncular ou central,  caracterizada por gordura localizada na região abdominal, lembra o formato de uma maçã, sua presença se relaciona a alto risco para doenças cardiovasculares;

Ginóide: caracterizada por depósito de  gordura aumentada na região dos quadris, lembra uma pêra. Sua presença está relacionada ao maior risco para varizes e artroses;

Generalizada

Considera-se risco aumentado  para complicações metabólicas decorrentes da obesidade em relação a circunferência da cintura (cm), homens com cintura a partir de 94cm e mulheres a partir de 80cm e riscos muito aumentado para homens com cintura a partir de 102cm e mulheres a partir de 88cm.


Comorbidades


Esta claro que a obesidade não é doença única , mas é um grupo de distúrbios de "fatores genéticos, ambientais, neurológicos, psicológicos. Risco para doenças cardiovasculares, dislipidemias, diabetes, resistência à insulina, hipertensão arterial.


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Orientação Nutricional


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Fazer as refeições em locais tranquilo, mastigando bem os alimentos, facilitando a digestão e o aproveitamento;
Comer de 3 em 3 horas;
Evite usar linguiça, charque, paio, queijos amarelo, presunto, mortadela, salsicha, etc;
Evite frituras, como batatas, pastéis, coxinhas, salgados,etc;
Prefira os grelhados, assados ou cozidos;
Bebe bastante água;
Prefira alimentos ricos em fibras: pão integral, arroz, macarrão, frutas, verduras, folhosos;
Prefira peito de frango ou de peru (sem pele), peixe, carne de carneiro, ou soja, se usar carne vermelha preferir músculo, alcatra, patinho;
Retire sempre a gordura aparente das carnes;
Não usar manteiga nem margarina;
Usar óleo de oliva, porém em pouca quantidade;
Prefira leite desnatado, queijos brancos tipo ricota, cotagge, minas frescal, danúbio zero, alimentos com baixo teor calórico;
Evite alimentos industrializados como: salgadinhos, cremes, doces, moquecas, feijoadas, dobradinhas, vatapá, caruru, acarajé, preparações com azeite, mingaus de cremogema, farinha láctea, achocolatados, nescau, bolos, tortas, geléias, biscoitos recheados, balas, chocolates, mousses, sorvetes, etc;
Evite molhos de soja (shoyu), mostarda, maionese, catchup, molho inglês, molhos para salada, molho para churrasco, sazon, ajinomoto,etc;
Use sal com moderação, desde que não necessite de restrição; prefira reduzir o consumo de sal através da adição de ervas, suco de limão, pimenta;
Atenção aos rótulos dos alimentos;
Faça atividade física regularmente sob orientação médica e nunca em jejum.
Atenção! Toda orientação nutricional deve ser individualizada, procure um nutricionista e faça sua avaliação.



Disponível em: Cuppari, Lilian. Guias de Medicina Ambulatorial e Hospitalar da UNIFESP-EPM. Nutrição Clínica no Adulto. SP, 2005, cap. 8. pag. 150-164


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